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quinta-feira, 14 de março de 2019

BREXIT 3003

Se nada for decidido pelo Reino Unido em sentido contrário e no pressuposto de que a EU aceita um adiamento do BREXIT decidido na véspera, no próximo dia 30 o Reino Unido terá saído da União Europeia e passará a ser um dos poucos países do mundo com o qual a EU não terá qualquer acordo de natureza comercial. Aliás, de um ponto de vista aduaneiro o Reino Unido estará em condições idênticas a um novo estado independente que acabou de ser aceite na OMC.
Se nada mudar até àquela data as mercadorias provenientes do Reino Unido terão o tratamento pautal concedido aos membros da OMC, isto é, o regime TPT sem qualquer redução pautal.
Mas há uma infinidade de situações para as quais ainda não há uma resposta. Se para operações de import/export simples é óbvio que as mercadorias provenientes do Reino Unido serão tratadas como países terceiros, da mesma forma que aquele país dará o mesmo tratamento às mercadorias comunitárias, há muitas situações mais complexas para as quais será necessária uma resposta.
Por exemplo, o que sucederá às mercadorias que foram exportadas a partir de um país da EU e que estejam mo Reino Unido ao abrigo do regime de entrepostos? Que regime de origens se aplicará a uma mercadoria exportada pela EU e que foi produzida em vários países incluindo o Reino Unido?
São muitas as dúvidas que se poderão colocar às empresas da EU e para ajudar a encontrar a resposta estamos ao seu dispor. 

quinta-feira, 7 de março de 2019

A INCERTEZA DO BREXIT

As empresas e a economia dão-se muito mal com a incerteza, num quadro de imprevisibilidade aumenta o risco das decisões, em particular, no que respeita ao investimento e às operações comerciais. A um mês da data do BREXIT tudo é incerteza, ninguém pode arriscar se o BREXIT vai ocorrer e no caso de o Reino Unido sair mesmo da EU na data prevista quais as futuras relações comerciais entre os dois lados do Canal da Mancha.

Neste momento temos uma grande potência comercial à deriva, sem se saber qual o quadro legal das suas trocas comerciais com o estrangeiro, seja com os Estados-membros da EU, seja com outros países. De um dia para o outro o Reino Unido não terá qualquer acordo comercial estabelecido com outros países, tendo os regimes comerciais que lhe seriam aplicáveis se tivesse acabado de ser admitida na Organização Mundial do Comércio.

No dia 29 de março estarão circulando entre o Reino Unido e a EU centenas de camiões, navios carregados com contentores e numerosas cargas aéreas. São automóveis novos de marcas como a Jaguar, a Bentley ou a Range Rover, entre outras, produtos perecíveis, encomendas de medicamentos, peças e muitos outros bens indispensáveis para os mais diversos fins. Neste momento ninguém sabe que regimes pautais serão aplicáveis dos dois lados ou ao que abrigo de que regimes aduaneiros essas mercadorias poderão circular ou serem desalfandegadas. Neste momento a incerteza é total.

Abrimos este grupo de discussão para nele concentrarmos toda a informação disponível, bem como as dúvidas e esclarecimentos que sejam oportunos, esperando contribuir que os nossos parceiros possam minimizar a imprevisibilidade na sua atividade comercial.A INCERTEZA DO BREXIT

As empresas e a economia dão-se muito mal com a incerteza, num quadro de imprevisibilidade aumenta o risco das decisões, em particular, no que respeita ao investimento e às operações comerciais. A um mês da data do BREXIT tudo é incerteza, ninguém pode arriscar se o BREXIT vai ocorrer e no caso de o Reino Unido sair mesmo da EU na data prevista quais as futuras relações comerciais entre os dois lados do Canal da Mancha.

Neste momento temos uma grande potência comercial à deriva, sem se saber qual o quadro legal das suas trocas comerciais com o estrangeiro, seja com os Estados-membros da EU, seja com outros países. De um dia para o outro o Reino Unido não terá qualquer acordo comercial estabelecido com outros países, tendo os regimes comerciais que lhe seriam aplicáveis se tivesse acabado de ser admitida na Organização Mundial do Comércio.

No dia 29 de março estarão circulando entre o Reino Unido e a EU centenas de camiões, navios carregados com contentores e numerosas cargas aéreas. São automóveis novos de marcas como a Jaguar, a Bentley ou a Range Rover, entre outras, produtos perecíveis, encomendas de medicamentos, peças e muitos outros bens indispensáveis para os mais diversos fins. Neste momento ninguém sabe que regimes pautais serão aplicáveis dos dois lados ou ao que abrigo de que regimes aduaneiros essas mercadorias poderão circular ou serem desalfandegadas. Neste momento a incerteza é total.

Abrimos este grupo de discussão para nele concentrarmos toda a informação disponível, bem como as dúvidas e esclarecimentos que sejam oportunos, esperando contribuir que os nossos parceiros possam minimizar a imprevisibilidade na sua atividade comercial.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

CRIAÇÃO DA ZONA DE LIVRE COMÉRCIO CONTINENTAL (ZLAC)




Enquanto o mundo assiste às sucessivas guerras comerciais lançadas pela administração norte-americana, bem como às negociações do Brexit, quase não se deu pela boa notícia da criação de uma zona de comércio livre criada sob os auspícios da OUA.

Reunidos nos passados dias 17 a 21 no quadro da cimeira extraordinária da organização pan-africana, em Kigali, 44 dos 55 Estados-membros da União Africana assinaram um acordo que prevê lançar o Tratado de criação da Zona de Livre Comércio Continental (ZLEC ou AfCFTA, consoante se considere a sigla francesa ou a sigla inglesa).

Trata-se de uma zona de comércio que inclui algumas das economias mais dinâmicas do mundo, com um PIB de 2.500 mil milhões de dólares (2.030 mil milhões de euros). Albert Muchanga, Comissário da UA para o Comércio e Indústria, defendeu que a indústria africana e a classe média do continente vão beneficiar com a eliminação progressiva dos direitos alfandegários entre os membros da ZLEC, lembrando o potencial da ideia, uma vez que apenas 16% do comércio dos países africanos é feito no continente.

“Se acabarmos com os direitos alfandegários, até 2022 o nível de comércio intra-africano aumentará 60%, o que é muito, significativo”, disse Muchanga.

Ainda é cedo para conhecer o impacto desta zona de comércio livre quer nas trocas intra-africanas, quer nas trocas com o resto do mundo e, em particular, com a Europa e Portugal. Mas pela sua dimensão merece a maior atenção  e, em particular, por parte de Portugal, já que Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estão entre os países aderentes, o que significa que esta decisão vai ter um grande impacto na CPLP.


Lista de países aderentes (PDF)

sexta-feira, 2 de março de 2018

NUVENS NEGRAS NO COMÉRCIO ENTRE EUA E UE

«As taxas de importação prometidas por Washington sobre o aço e o alumínio que entrem nos EUA vão merecer uma resposta "firme" por parte da União Europeia. "Não vamos ficar sentados e quietos enquanto a nossa indústria é atingida com estas medidas injustas que colocam em risco milhares de postos de trabalho na Europa", garante o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Na quinta-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, aproveitou um encontro com industriais do sector metalúrgico na Casa Branca para anunciar que vai impor taxas de 25% nas importações de aço e de 10% nas importações de alumínio a partir da próxima semana e durante “um longo período de tempo”. A União Europeia (UE), pela voz de Juncker, promete ripostar para "defender os interesses" europeus e "reequilibrar a situação".

Não é por falta de aviso que Washington enfrenta agora a ameaça de uma guerra comercial. A imposição de taxas sobre a importação daqueles produtos visava sobretudo as compras à China, mas países tradicionalmente aliados dos EUA, como o Canadá (que é de resto o maior fornecedor dos norte-americanos) e outros estados europeus serão igualmente afectados pela política proteccionista defendida pela Administração Trump. “Vamos impor taxas nas importações de aço e alumínio”, garantiu o Presidente norte-americano durante a reunião com os executivos da indústria metalúrgica. “Algures na próxima semana irei assinar [a ordem]. E vamos estar protegidos pela primeira vez em muito tempo”, salientou.»

in Público

Depois de ameaçar o NAFTA, de abandonar o Acordo Comercial Ásia-Pacífico e de pressionar a China, a administração norte-americana lança mais nuvens sobre o comércio internacional, abrindo agora uma frente da sua guerra comercial, desta vez promete cobrar taxas elevadas na importação de aço e alumínio.
Se o quadro das relações comerciais da EU já estava ensombrado com o Brexit e o novo alinhamento do Reino Unido com os EUA, esta ameaça norte-americana pode desencadear uma guerra comercial, pondo em causa muitos dos progressos alcançados na ultima década com as negociações multilaterais promovidas no quadro da Organização Mundial de Comércio.
Ainda é cedo para se perceber se o objetivo dos EUA é mesmo aplicar aquelas taxas de direitos aduaneiros ou se pretende fazer pressão no sentido de obter ganhos no quadro de negociações com a EU. Uma coisa é evidente, estas ameaças aumentam a incerteza e esta é um grande inimigo dos investimentos. A ameaça de uma guerra comercial alargada a outras gamas de mercadorias vai levar ao congelamento de muitos investimentos dos dois lados do Atlântico e isso é mau para o comércio internacional e para o crescimento das economias.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Uma boa notícia para a economia

Finalmente o Governo português pôs fim a uma medida que ao longo dos anos destruiu atividade económica e prejudicou gravemente todas as atividades de prestação de serviços e de logística associada ao comércio internacional. A cobrança do IVA no momento da importação levou a que muitas empresas internacionais tivessem preterido Portugal no momento de instalação dos seus centros logísticos.

Com o falso argumento do combate à evasão fiscal, um argumento herdado de um tempo em há muito ficou para trás, a cobrança do iva na importação resultou em maiores perdas de riqueza e de receita fiscal do que os ganhos com a suposta eficácia no combate á evasão fiscal. Durante anos o nosso escritório aproveitou todas as oportunidades para persuadir os governos dos prejuízos provocados por esta situação, desenvolvendo esforços para alterar a norma.

Finalmente isso aconteceu, é uma boa notícia para o comércio internacional de Portugal, para todos os que prestam serviços nesse domínio, para as empresas de logísticas e para os nossos portos, bem como para as empresas que usam matérias-primas importadas, que deixam de suportar o peso de um IVA injusto. O país está de parabéns.






quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Sistema de Exportador Registado (REX)

Durante décadas os certificados de origem foram emitidos por associações comerciais. Com o novo sistema do Exportador Registado (REX) surge uma nova prática de certificação de origem no quadro dos acordos preferenciais da UE assente no conceito de auto-certificação da origem, sendo os próprios exportadores que emitirão os agora denominados “Atestados de Origem”.

O sistema do Exportador Registado (REX) entrou em vigor no princípio de 2017 e vai ser introduzido progressivamente, começando por se aplicar às trocas que beneficiam do Sistema de Preferências Generalizadas (SPG). 

O sistema entrou em vigor já no dia 1 de Janeiro para:
  • Operadores económicos da EU que exportem para países terceiros beneficiários SPG, no quadro de acumulação bilateral do origem;
  • Operadores económicos da EU que pretendam substituir provas de origem inicialmente emitidas nos países beneficiários SPG, para subsequentes expedições para outras partes da EU, ou para a Noruega e Suíça (países que aplicam o mesmo sistema SPG da EU, e que adoptam também o sistema REX).
  •  Operadores económicos de países que beneficiem de tratamento pautal preferência concedido pela EU no quadro do SPG;
  • Operadores económicos da EU que exportem para Países e Territórios com os quais a EU estabeleceu um Acordo Preferencial que preveja a utilização do sistema de Exportador Registado em matéria de origem.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Conferência "Acordo Económico e Comercial Global UE-Canadá (CETA)"



O NET Centro promoveu a realização de um seminário dedicado ao tema "Acordo Económico e Comercial Global UE-Canadá (CETA)", no passado dia 15, que contou, entre outras personalidades, com Sua Exª. o Embaixador do Canadá.

Rui Pato, Despachantes Oficiais Lda., através do seu Despachante Joaquim Costa, esteve presente nesta conferência, que decorreu no Convento de São Francisco em Coimbra, a convite do NET Centro, do CEC - Conselho Empresarial do Centro/CCIC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro.



O Painel do debate da intervenção contou com os seguintes participantes:

Moderador: Luís Costa, Subdiretor RTP Internacional
Embaixador Jeffrey Marder, Embaixada do Canadá em Portugal
José Vital Morgado, Administrador, AICEP - Agência Portuguesa de Investimento e Comércio Exterior
Michael Wylie, Conselheiro Comercial, Embaixada do Canadá em Portugal
Miguel de Campos Cruz, Presidente, IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P.
Patrícia Gonçalves, Diretora, CIP - Confederação Empresarial de Portugal

A natureza progressista do CETA, irá definir um novo padrão mundial para os capítulos em matéria de sustentabilidade nos acordos comerciais, e criação de zonas de comércio livre. Este acordo irá facilitar os negócios com o Canadá, remover os direitos aduaneiros, melhorar substancialmente o acesso aos contratos públicos, abrir novos setores do mercado dos serviços do Canadá, assegurar condições previsíveis para os investidores e proteger as indicações geográficas. Empresas de vários setores irão beneficiar igualmente da eliminação da duplicação de ensaios, em especial as PME.